Obesidade e covid-19: duas epidemias que, combinadas, repercutem em mau prognóstico de pacientes
DOI:
https://doi.org/10.46919/archv2n3-036Keywords:
Fator de Risco, SARS-CoV-2, Estado nutricional, ObesidadeAbstract
A obesidade, em si, trata-se de uma doença crônica, inflamatória, de origem multifatorial onde diversos fatores podem estar envolvidos, como: hereditariedade, hábitos adquiridos ao longo da vida e fatores ambientais, sendo considerada uma condição pandêmica no mundo. Indivíduos que apresentam o dignóstico nutricional de obesidade e, também, outros fatores de riscos que pioram o quadro, como já mencionado, possuem maiores chances de desenvolverem outras comorbidades, tais como, cardiopatias, diabetes, câncer, hipertensão e problemas respiratórios, patologias essas vulneráveis a levarem a um prognóstico desfavorável quando associado com a infecção pelo COVID 19. Este artigo de revisão bibliográfica teve como objetivo verificar de que forma a obesidade pode ser um fator de risco para um mau prognóstico diante de pacientes acometidos pelo novo coronavírus. A seleção e localização das referências que fundamentassem esta revisão foram retiradas das bases de dados PubMed/LILACS e da biblioteca eletrônica SciELO, utilizando também a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a fim de identificar artigos científicos publicados no período de 2020 e 2021, utilizando como descritores: obesidade e covid-19; fatores de risco e Covid-19; obesidade e Sars-Cov-2 e suas versões em inglês. A literatura evidencia que o estado obesogênico pode conduzir para um mau prognóstico em pacientes obesos e infectados com SARS-CoV-2. Podemos observar que o grau de comprometimento da saúde é independente do grau de obesidade, sendo que a medida que este aumenta, os riscos de internação e intubação ou morte em comparação com os pacientes sem obesidade, aumentam substancialmente. Algumas condições exercem grande influência sobre o mal prognóstico, são exemplos, a distribuição do tecidoa adiposo, quando essa reserva se acumula na parte visceral, contribui para resistência a insulina, dislipidemia, aterosclerose, inflamação, diabetes II, síndrome metabólica e maior risco de DCV e tatmbém, o próprio estado inflamatório característico da obesidade.