Repercussões da pandemia da covid-19 nos profissionais de saúde: como está quem está na linha de frente?
DOI:
https://doi.org/10.46919/archv2n3-014Keywords:
Coronavírus, Sentimentos, Profissionais da SaúdeAbstract
No cenário da pandemia da COVID-19, emerge enquanto protagonistas no cuidado coletivo, os trabalhadores de saúde que estão prestando à assistência direta e indireta a população. Este estudo tinha como objetivo verificar as repercussões da pandemia da COVID-19 na saúde mental, do trabalho e na física, dos profissionais de saúde da Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa (FUMSSAR). O estudo foi desenvolvido nas unidades de saúde da FUMSSAR. A coleta de dados foi realizada através de questionário autoaplicável, durante os meses de julho e setembro de 2020. Participaram do estudo 140 trabalhadores. Quando questionados sobre diagnósticos pré-existentes de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a maioria 80 (70,4%) afirmou não possuir nenhum diagnóstico prévio de DCNT. Em relação à COVID-19, a maioria - 71 (56,8%) - dos entrevistados afirmam não se sentirem seguros, em relação ao contágio pelo novo coronavírus, em seus locais de trabalho. Apesar do medo referido e do sentimento de insegurança na atuação, 61 (48,8%) não se afastaria do trabalho. Os resultados obtidos neste estudo auxiliam no delineamento da dimensão ocupacional durante a pandemia. Fatores como os sentimentos de medo quando da possibilidade de contaminação de familiares, transparece os elementos que constituem o sujeito para além do trabalho exercido, humanizando tais cuidadores. Espera-se que esta pesquisa auxilie na tomada de decisões em saúde voltadas para os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente no enfrentamento a pandemia da COVI-19.